Fã de carteirinha da Premier League, o jovem treinador Odil Soares, de 44 anos, foi o nome escolhido pela nova gestão do Mixto para comandar a reestruturação do clube e levar o Tigre de volta à primeira divisão do Campeonato Mato-grossense. Ele foi contratado após ter conquistado o vice-campeonato estadual com o União de Rondonópolis.
Em entrevista ao Gazeta Digital, Odil disse que o maior objetivo do ano para o Tigre é conseguir o acesso para o grupo de elite do futebol estadual e formar uma equipe competitiva. O começo da temporada foi em grande estilo, estreia com vitória maiúscula de 7 a 0 sobre o Paulistano no último sábado (23).
Ele pendurou as chuteiras em 2013 depois de 13 anos dentro das quatro linhas. Como treinador, atua na lateral de campo, na área técnica, desde 2017.
Meia-atacante de origem, Odil tem história no futebol de Mato Grosso tanto como jogador como treinador. Luverdense, Dom Bosco e Ação foram alguns dos times dirigidos pelo atual técnico do Mixto. Dentro das quatro linhas, tem passagens pelo próprio Tigre, em 2001, Operário e Vila Aurora.
Técnico do Mixto (Foto: Otmar de Oliveira/A Gazeta) |
GD — Odil, como foi feito o convite para você fazer parte do projeto de reestruturação do Mixto?
A gente sabe que as pessoas que hoje estão gerindo o clube, como o Antero e o Dorileo, são pessoas que têm muita credibilidade. O próprio Vinícius, que é o presidente. Chegou esse convite e a gente aceitou com muito carinho, a gente vive um momento até bom na carreira, é um momento de muita conquista. Então ficamos felizes por ter esse reconhecimento dentro do estado.
A princípio achávamos que o Mixto poderia trazer algum treinador de fora, mas graças a Deus fomos escolhidos para essa missão e a gente espera poder corresponder a expectativa para que nós possamos, juntos, colocar o Mixto na primeira divisão. Esse é o maior objetivo do ano.
GD — Qual a expectativa para o início da temporada 2022?
Bom, pelo momento que o Mixto vive dentro do estado, dentro da competição, quando eu falo competição é a nível de divisões. Estando na segunda visão a expectativa são as melhores até pelos novos investidores, os novos gestores que hoje fazem parte deste clube. Então a expectativa é muito grande e dentro também do conjunto que foi montado, do elenco, a gente espera fazer um grande jogo de estreia e para que possamos começar com o pé direito.
GD — O Mixto fez treze contratações para a atual edição do Campeonato Mato-grossense. Oito desses reforços foram vice-campeões da Série A sob seu comando no União, conhecer parte do grupo facilita o trabalho?
Quando fomos convidados para fazer parte do Mixto, dessa reconstrução, o Mixto estava na estaca zero, por isso trouxemos algumas contratações pontuais. E quando se fala desses reforços que vieram, são jogadores que estão comigo há mais de dois, três anos. Então facilita um pouco o conjunto, não que isso seja sinônimo de vitória dentro do campo. Lógico que a gente tem que trabalhar no dia a dia, trabalhar forte, buscar nosso espaço, as nossas conquistas. Mas o maior pensamento hoje dentro do clube é poder fazer uma equipe competitiva e se Deus quiser esse ano poder colocar o Mixto na primeira divisão.
GD — Odil, no dia de sua apresentação e da nova comissão técnica, os garotos das categorias de base também estavam presentes. Como tem sido o processo de integração dos meninos da base com o time profissional?
Tem alguns jogadores que quando eu cheguei já estavam (no time profissional) e que são da base do Mixto. Então nós vamos aproveitar ao máximo. Se tiver algum atleta, algum jogador que seja interessante para o nosso projeto nesse momento, com certeza vai fazer parte da equipe para estar nos ajudando rumo ao acesso. Porém, a gente sabe que o foco maior é o Mixto voltar à primeira divisão, aí nós vamos passar a olhar com mais carinho na base.
GD — Hoje quando se fala em futebol moderno, automaticamente o futebol europeu é tido como referência. Você costuma acompanhar ligas de fora do Brasil com o intuito de incorporar ações de jogo às suas equipes?
Eu gosto de ver muito futebol inglês, um futebol bem agressivo, compacto, ajustado, as linhas bem compactadas. Uma equipe é agressiva na hora que tem que ser, na hora que é para defender ela tem um ajuste perfeito, de encaixe. Então eu procuro analisar esse futebol. Lógico que foge um pouco da nossa característica até mesmo se tratando de material humano, mas a gente sempre tá vendo o futebol mais bonito, mais dinâmico e intenso, que hoje é o futebol moderno para que nós possamos ter êxito em nosso trabalho.
Fonte: Rodrigo Costa / Gazeta Digital