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Prestes a completar 88 anos no dia 20 de maio, o Mixto Esporte Clube deu largada a um ambicioso projeto no último final de semana. Após golear o Paulistano por 7 x 0, no Estádio Presidente Dutra, em Cuiabá, o time iniciou sua caminhada em busca do título Mato-grossense da Segunda Divisão e conquista do acesso. Além disso, o clube busca, ainda, a vaga para a Série D do Campeonato Brasileiro e, em 10 anos, o retorno à elite do futebol nacional.
À frente do novo projeto, Dorileo Leal, empresário do ramo da comunicação que começou a carreira como repórter esportivo de rádio, e Antero Paes de Barros, ex-senador e ex-comentarista esportivo, assumiram a gestão de futebol do clube dono da maior galeria de títulos no Estado: 24 estaduais, além do extinto Torneio Centro-Oeste.
Em 40 dias, a dupla, apoiada pelo presidente Vinícius Falcão, montou a base do elenco com o time vice-campeão Estadual, União, contratou o técnico Odil Soares e começa a reestruturar o clube, que está prestes a ganhar um completo Centro de Treinamento batizado de ‘Centro de Formação Ranulpho Paes de Barros’, em homenagem a um dos fundadores.
Simultaneamente a isso, a nova diretoria trabalha em várias frentes, com a venda de camisas oficiais, brindes, aquisição do novo ônibus, além de uma campanha para trazer de volta o torcedor aos estádios.
“O Mixto não tinha absolutamente nada, nenhum jogo de camisas, começamos do zero e só iremos retomar o nosso espaço se a grande massa alvinegra estiver junto”, disparou Dorileo Leal, empolgado com o placar da estreia.
Nas arquibancadas, Prudente Alencar - o Dezinho, um dos líderes da Organizada ‘Boca Suja’ - entoava os gritos de guerra de pouco mais de 960 pagantes, em tom de provocação ao seu maior rival: “Olê, Olê, Olá, mixtense de verdade não torce pro Cuiabá”.
Fundado pelo ex-jogador Gaúcho, há exatos 20 anos, o Cuiabá foi adquirido por empresários locais quando o ex-jogador ainda era vivo e, de lá para cá, já conquistou 10 estaduais e subiu para a Série A, aonde ocupa, atualmente, a quarta posição na tabela.
Rebaixado em 2020, vindo de constantes renúncias de presidentes e mergulhado em dívidas trabalhistas negociadas, o Mixto aposta na mística da camisa alvinegra e no atual elenco, onde destacam-se o atacante Toninho e os meias Igor e Peixinho, para confirmar os prognósticos. Após a estreia, o Tigre volta a campo só no dia 7 de maio, contra o Sinop (ex- clube de Rogério Ceni), que na estreia perdeu para o Operário Ltda por 4 x 2. Se o projeto acesso vingará, só o tempo dirá.
Fonte: Gazeta Press — Rio de Janeiro/RJ