A queda anunciada do Mixto Esporte Clube
Time que entrou em campo no rebaixamento do Mixto (Gil Gomes/Assessoria Mixto EC) |
Tudo que começa errado termina de forma errada. A diretoria mixtense flertou com o rebaixamento desde o início do campeonato. Montou um elenco jovem e até certo ponto promissor, com um bom técnico, porém, sem jogadores experientes que poderiam dar respaldo aos garotos. E isso se deu por falta de dinheiro, demora em contratar e regularizar jogador, o clube se apresentou em dezembro com apenas 10 jogadores no elenco.
Logo após o início do campeonato, o então técnico Gianni Freitas pediu demissão, até hoje não explicado. A diretoria tentou manter o interino Nildo Dantas, sem sucesso e com os mesmos erros cometidos pela diretoria, nenhum jogador novo no elenco.
Trouxeram o experiente treinador Carlinhos Alves para comandar o time nas quatro últimas rodadas, nesse período, jogadores dispensados e quase um time todo foi contratado. Sem tempo para montar e acertar o time, o que se via em campo era uma bagunça coletiva e uma total desorganização. Gianni Freitas, Nildo Dantas e Carlinhos Alves são os menos culpados pelo segundo rebaixamento da história do Mixto Esporte Clube. Foram três meses e três treinadores sem planejamento por parte da diretoria, sem uma ideia de jogo e sem material humano para que os treinadores pudessem dar um mínimo de organização para um elenco jovem.
Agora a diretoria tem um clube que no calendário tem apenas a Copa FMF no profissional, a Série B em 2021, uma dívida enorme e a única riqueza é sua torcida apaixonada.
A incompetência levou o Mixto ao fundo do poço e pelo visto não sabem como tirar o clube desta situação. Que a torcida mais uma vez mostre todo o amor que sente pelo clube e traga o Tigre da Vargas de volta aos tempos de glória.
*Marcelo Neves - professor, advogado e comentarista do programa Capital em Campo