No entanto, apesar do apelo dos diretores, apenas três pessoas (sendo um deles o próprio advogado do Mixto) se interessaram em compor o novo Conselho Deliberativo formado pela diretoria executiva, após a renúncia coletiva (leia aqui).
A perspectiva dos dirigentes do Alvinegro era compor um novo corpo de conselheiros para dar sustentação ao trabalho da diretoria, mas o plenário contava com a presença de apenas 19 pessoas. Se não bastasse, a eleição não pôde ser realizada, pois o edital de convocação não se atentou ao estatuto do clube, que prevê ampla divulgação em meios de comunicação para realização de eleições. Sendo assim, o clube segue sem Conselho Fiscal e Deliberativo, logo, as ações executivas seguem sem fiscalização.
POLÊMICAS
A discussão em plenário foi rodeada de polêmicas, de um lado a diretoria executiva, do outro, os conselheiros.
Quem abriu o debate foi o presidente Paulo César 'Gatão', afirmando que existe uma corrente para destruir o Mixto, que, segundo ele, passa pela FMF, por clubes como o Cuiabá e Luverdense e até conselheiros do clube. Sobre os conselheiros, Gatão fez duras críticas, acusando-os de atrapalhar o Mixto.
Logo após interviu Fábio Ramirez, ex-integrante do Conselho Fiscal. Ramirez discordou de Gatão dizendo que "quem acaba com o Mixto é o próprio Mixto, com trapalhadas administrativas". Falou também sobre os motivos que levaram a renúncia coletiva de conselheiros: "a diretoria ignorava o Conselho. Todos os pedidos para apresentação de documentação, comprovantes e recibos foram ignorados. A função do Conselho Fiscal é auditar as contas do clube, mas como auditar se a diretoria nunca apresentava os documentos. Foram assinados diversas parcerias e contratos, todos sem passar pelo aval do conselho, como o caso da Loja do Mixto, da parceria com a Gol de Placa, o sistema de fidelidade Multipontos, o abandono do Sócio Torcedor, as relações com a ATAM e agora a parceria com os pastores. Todas essas parcerias decididas na calada da noite, sem analisar os riscos dos contratos. Então para que Conselho? Se a diretoria prefere fazer tudo sozinho", concluiu.
O diretor Elber Rocha afirmou que todos erraram. A diretoria em não apresentar as contas e o conselho por não cobrar de forma mais dura. Terminou dizendo que "o momento é de juntar as coisas e seguir em frente".
Já o ex-presidente do Conselho Deliberativo, Cristino Batista, lembrou-se dos ataques que o presidente Gatão fazia ao Conselho Deliberativo na imprensa. "Toda vez dizia que o Conselho só atrapalha que o conselho é o problema do Mixto, que só sabíamos criticar e não ajudar. Então, se era eu o problema, preferi renunciar. Mas agora não tem mais o conselho e os problemas só pioram, então, será que era o Conselho o problema do Mixto?", cutucou, para concluir lembrando que "mesmo não sendo função do Conselho, fizemos a proposta do Conselho assumir a Categoria de Base e o Sócio Torcedor, não aceitaram. Hoje a base é inexistente e acabou o Sócio Torcedor".
Marco Prado, também integrante da diretoria executiva, afirmou desconhecer as cobranças por prestação de contas e disse que "não faltou planejamento, faltou dinheiro. Não adianta planejamento se não tiver o dinheiro". A mesma posição também foi reforçada por Elber Rocha. Prado ainda explicou que a diretoria tentou arrumar novas parcerias: "Nós mandamos mais de sessenta e-mails pedindo patrocínio, mas não deu certo".
O ex-vice-presidente do Conselho, Paulino Neto, afirmou que “muitos conselheiros não conhecem nem o estatuto do clube”, para, em seguida, ler um trecho em que estabelece que todas as parcerias ou contratos de gestão no futebol profissional devem passar pela aprovação dos conselheiros, para salvaguardar o clube. “Por isso renunciamos, só queríamos que esse trecho do estatuto fosse cumprido, e não era”, concluiu.
O diretor administrativo do Tigre, Arley Carlos, afirmou que a prestação de contas foi feita, e veiculada na revista do Mixto além de apresentada para o Ministério do Trabalho - se referindo ao demonstrativo de movimentação financeira divulgado. Para Arley, “a atual diretoria não infringiu nenhuma parte do estatuto, essa diretoria é mais transparente que já passou pelo Mixto”.
A reunião terminou com o único encaminhamento de dar posse aos três novos conselheiros e convocar outra reunião, desta vez respeitando o que estabelece o estatuto, para eleição da mesa diretora do Conselho Fiscal e Deliberativo.
A segunda pauta de discussão foi ainda mais polêmica. Em discussão a transferência dos jogos para Rondonópolis, atendendo o pedido de esclarecimento de um conselheiro. A diretoria explicou que mandar os jogos para o Luthero Lopes foi uma opção para economia financeira. Pois, se os jogos fossem em Cáceres, por exemplo, custariam R$ 2 mil de aluguel do campo mais o custeio de estadia e deslocamento. Já em Rondonópolis, o União irá custear os gastos do Alvinegro.
O líder da Torcida Boca Suja, Prudente Alencar, o Dezinho, interviu emocionado na discussão, dizendo que o episódio de venda de mando de campo evidencia que faltou planejamento. Para Dézinho, "até para arrumar dinheiro precisa de planejamento. Todo mundo sabia que tínhamos jogos para cumprir suspensão, por que não se organizou antes? União de Rondonópolis pagar os custos do Mixto é um tapa na cara do torcedor. Não temos base. não temos nada, não temos nem perspectiva, nem planejamento para o amanhã. É tudo no imediatismo e amadorismo. Levar meu time para Chapada sem nenhuma explicação não é planejamento. Estão conseguindo acabar com o Mixto", desabafou.
Fonte: Mixtonet
19/10/2015
Nós Mixtenses precisamos fazer igual a OAB-MT faz, quando há Eleiçao p/troca de Diretoria há muitas discussões, ´´brigas´´,etc., e apos o termino desta mesma Eleiçao todos se unem (tantos ganhadores e perdedores) e vão trabalhar juntos pela classe e é isso que, está precisando no Mixto EC, time do qual estou no contexto com muito orgulho.
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