Foi mais uma manhã difícil para o Mixto. Na véspera do jogo decisivo contra o Poconé, na Arena Pantanal, os jogadores se recusaram a entrar em campo nesta terça-feira, alegando atraso salarial.
O técnico Elias Rosa e o auxiliar Cesar Casavechia tiveram que esperar duas horas na porta do Estádio Presidente Dutra, até o elenco chegar. Por telefone, membros da diretoria tentavam contornar a situação. O presidente Paulo Cesar Camargo foi até a Casa do Atleta conversar pessoalmente com os jogadores.
Demovidos da idéia da greve os atletas entraram no ônibus e só chegaram ao estádio às 10h30. Foram para os vestiários e antes de iniciarem o treinamento conversaram com Elias. O treinador foi claro. “Não tenho nada a ver com isso, é um problema da diretoria. Quem quiser se vestir e treinar, vamos lá, quem não quiser, não tem problema, eu comunico a diretoria”, disse nos vestiários.
Meia hora depois foi a vez dos jogadores se reunirem reservadamente. Eles optaram por dar um voto de confiança à diretoria e há pouco iniciaram o treinamento apronto, prejudicado com a ameaça de greve.
O vice-presidente Niltinho de Assunção, que está no local, tentou explicar a confusão.
“É um direito deles, mas entendo que se trata de uma atitude precipitada. O salário de janeiro foi pago 90%. O de fevereiro venceu faz 9 dias. A diretoria se comprometeu em quitar o restante até esta quarta. Não custava esperar. Não vamos ficar reféns dos jogadores. Precisamos da vitória do jogo mais importante do ano. Não é o momento para isso”, condenou.
Elias foi objetivo. “Não me meto nesse assunto. Temos é que entrar em campo amanhã e ganhar.”
Fonte: craques do rádio