O presidente do Mixto, Paulo César Gatão, negou que tenha renunciado ao cargo. Ele afirmou que pediu uma licença de dez dias para descansar, uma vez que está de férias. Mas que nesta terça-feira reassumirá a função e irá tentar quitar a folha de pagamento do elenco e da comissão técnica. O dirigente voltou a reclamar a ausência de ajuda financeira para tocar o clube.
“Ainda não temos dinheiro suficiente para pagar o pessoal. Chegando aí em Cuiabá, na terça-feira, vamos correr em busca de ajuda, de apoio para pagar a comissão técnica e elenco. Não está fácil”, disse Gatão, ressaltando que ainda acredita numa reabilitação do time comandado pelo técnico Márcio Marolla no Campeonato Mato-grossense – o treinador, inclusive, decide nesta segunda-feira se permanece ou não no Alvinegro.
“Enquanto há esperança não deixaremos de acreditar. Vejo uma vontade muito grande dos jogadores e do técnico Marolla em reverter o atual quadro. Temos a maior torcida de Mato Grosso e ela nos ajudará a brigar pela classificação”, assinalou o presidente, revelando que dias atrás chegou até defender a ideia de tirar o time do Estadual. “Eu cheguei a defender a desistência do Mixto do campeonato. Mas fui voto vencido. Agora é irmos até o fim e quem sabe obter a classificação”, disse.
O Mixto conseguiu somar seu primeiro ponto no Campeonato Mato-grossense ao arrancar empate de 1 a 1 com o Luverdense na rodada do último fim de semana. Contudo, a equipe continua na quinta e última posição da Chave A. Se a primeira fase encerrasse hoje, o Time seria rebaixado para a Segunda Divisão.
No próximo domingo, dia 22, o returno será aberto. São mais quatro jogos para a equipe tentar se livrar do descenso.
Mesmo diante da difícil situação, Paulo César Gatão afirma que a atual diretoria não tem o direito de cobrar uma reação imediata do elenco e muito menos da comissão técnica. De acordo com ele, mesmo dando a mínima condição de trabalho ao grupo, a estrutura ainda deixa a desejar.
“Queria muito dar a melhores condições de trabalho aos jogadores, comissão técnica e outros funcionários do clube. Mas está difícil, o empresariado fechou as portas para o clube. Não temos moral nenhuma para cobrarmos por resultados melhores. Contudo, ainda creio na classificação do time para a segunda fase. Não podemos ser rebaixados à Segunda Divisão”, frisou.
Luiz Esmael / Jornal A Gazeta
16/02/2015
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