Historiadores haverão de contar os caminhos, desde a sua criação e das pessoas importantes no seu surgimento. Como não sou conteporãneo da sua fundação, prefiro me ater o Mixto que eu conheço (desde 1977). Na época, eu era árbitro de futebol e apitei várias partidas do alvi-negro.
Uma delas, um amistoso contra o Grêmio (promoção do Schardozin), um belo empate em 1 a 1. Ladinho marcou para o Grêmio e Herivelton(de penalti) empatou para o Mixto. Na época, o Mixto era de Saldanha, Luiz Carlos Beleza, Jorge Macedo, Nelson Vasquez e Ronaldinho; Mauricio, Péricles (Arildo) e Wanderley Barbudo; Gonçalves, Bife e Ernani.
Depois de parar com o apito, fui superevisor do Mixto por várias vezes. Sempre com problemas de “grana”. Em 1985, quando Zé Luiz era o presidente, no dia que assumi, o treinador Toninho Martins pediu o “boné” e foi para o Palmeiras de Juan Rolon. Trouxe o Homero Rasbold de Porto Alegre e fomos campeão do segundo turno. Na semana da decisão, briguei com o Zé e saí. Ato contínuo, ele demitiu o treinador e perdeu o título na final com o Operário.
Com Julio Pinheiro, campeão de 2008 , armei um time com Carrasco de treinador. Não ganhamos nada, mas o Mixto vendeu o Fernando para o Colorado (200 mil) e Igor para o Paraná Clube (70 mil). Quando a AFAM chegou, a primeira medida tomada por Pardal (presidente) foi me demitir. Claro, com dinheiro ninguém precisava mais de mim.
Para finalizar, vou montar o Mixto das minhas épocas - Oliveira, Beleza, Nelson, Edson Luiz e Laércio; Claudio Barbosa, Marcinho e Edson; Gilson Bonfim, Bife e Traíra. Presidente Lino Miranda (in memoriam), técnico Aderbal Lana, massagista Bochecha e preparador físico Abrão Ayoub e mordomo Lisboa.
Parabéns Mixto pelos seus 80 anos. E que Eder Moraes tenha sorte nos seus projetos.
Orlando Antunes / Soccer MT