Foto: Dinalte Miranda |
Ao time treinado por Ary Marques não resta outra alternativa a não ser partir para cima em busca dos dois gols no tempo normal que o credenciariam para a conquista do título.
Pois bem: dito isso, repare na foto mais uma vez: Paulo Henrique beija a mão do presidente mixtense Hélio Machado, como se estivesse agradecendo a ‘oportunidade’ ou recebendo a sua bênção para atuar. Hélio, por certo, como ex-jogador e experiente treinador que é - agora presidente - evita falar publicamente, mas é sabido que seu desejo é ver o lépido e trombador atacante carioca Paulo Henrique em campo como titular neste domingo. Mas o problema é que o treinador não tem o mesmo pensamento.
Conversei com Cláudio Adão na manhã de sexta-feira, no luxuoso Hotel Gran Odara, onde está hospedado e ele deixou claro que ‘Paulo Henrique é uma arma para o segundo tempo’. Sendo assim, fica clara a escalação de Felipe Adão, como titular, ao lado de Marclei. O próprio Felipe Adão, que para quem não sabe é filho do técnico mixtense - não anda lá muito ‘católico’ com o pensamento de Machado. Foi contratado pelo investidor Éder Moraes, e, como o próprio treinador disse: “contra a sua vontade”.
Entenderam bem? O pai não queria a contratação do filho. Tinha lá os seus motivos. O que a torcida e toda a imprensa esportiva contesta é o fato de Felipe não ter mostrado o seu talento ainda. Não marcou um único gol com a camisa do Tigre e mesmo assim preferiu continuar aceitando a titularidade ‘imposta’ pelo pai. Resta saber se ao contrário de Machado, que diz não interferir na escalação, Éder Moraes estaria exigindo a presença de Felipe no time.
Do outro lado, Ary Marques prefere manter o mistério sobre a escalação ou não do artilheiro Igor. Como se sabe, o Cuiabá dos últimos tempos, sempre dependeu da inspiração do meia ofensivo Fernando para ter boas atuações; mas, mesmo assim, foi o time que mais venceu na competição, ao lado do Luverdense.
Quanto a Dinalte Miranda, que Deus abençoe e ilumine a cabeça das autoridades desse Estado, para que o dono de um dos maiores acervos fotográficos do esporte matogrossense, possa ter seu reconhecimento em
vida, ao menos receber dignamente pelo trabalho que faz, e até quem sabe ter um projeto de exposição aprovado por alguma secretaria, como a de Cultura por exemplo; ou futebol não é cultura?
Oliveira Júnior - Editor de Esportes Jornal A Gazeta
04/05/2013