Até quando?
Até quando vamos assistir o maior time do estado de Mato Grosso caminhando a passos largos rumo ao fim. Parece sensacionalismo, mas não é nada disso. Basta olharmos os últimos anos do Mixto que teremos um panorama bem claro daquilo que estou falando.
Há muito se ouve falar da redenção Alvinegra, do levante em prol do crescimento do Mixto Esporte Clube. Há muito fala-se em projetos, em planejamento e reorganização do Mais Querido.
Há aqueles que dizem que "gastei muito com o Mixto, tive que tirar dinheiro do meu bolso para pagar divida", se sentindo verdadeiros heróis. Poise, este é o mais claro sinal de incompetência. Ou seja, quem tem instinto de gestor não se vê na necessidade de tirar do bolso, ou da própria conta para por no time, pois o bom gestor busca meios para fazer o clube se manter pelas próprias pernas.
Há muito o Alvinegro de tantas glórias e conquistas vem colecionando derrotas, decepções e vexames. Diante desta triste realidade eis que surge o seguinte questionamento: De quem é culpa ou quem são os culpados? O Mixto ainda é um time viável? Quem colocou ou quais foram as pessoas que colocaram o clube nesta situação? Dá pra mudar esta triste realidade?
Estas parecem ser perguntas sem resposta, mas não é bem assim. Digo que os grandes culpados desta decadência estiveram e alguns ainda insistem em permanecer aí.
No futebol moderno não há espaço para gestores amadores, desorganizados e sem compromisso com a transparência. Nos últimos anos tivemos todo tipo de gestores no Mixto.
Tivemos gestor paternalista, aquele que parece ser bom, pois tem boas intenções e é honesto, mas não consegue falar e por limites aos comandados, além de tomar para si os problemas dos outros.
Tivemos gestores ditatoriais, este demonstra liderança, disposição, mas é centralizador e já mais admite sugestões, palpites ou ser questionado em suas decisões. Este, geralmente não presta contas e quando presta não gosta que elas sejam reprovadas ou questionadas. Geralmente é centralizador e gosta de ser o centro das atenções, ou seja, é egocêntrico.
Outro tipo de gestor que passou pelo Mixto é o permissivo: O lema deste grupo de gestores é: "deixar como está para ver como fica". Em geral, este gestor é uma pessoa muito insegura que tem receio de assumir responsabilidade. Ao contrário do ditatorial, que só dava ordens, o liberal não dá instrução alguma.
Cada um de seus auxiliares faz o que quer e como bem entende. Na há divisão de trabalho na repartição das responsabilidades. A confusão é completa. A sua direção gera atritos e desorganização entre os membros. Une-os apenas uma ligação efetiva e certo desejo de conseguir um objetivo comum.
Temos também o gestor democrático, bem, acho que alguém com esta característica há muito não passa pela presidência do Mais Querido, pois esse sabe que, com a ajuda do grupo, será mais fácil resolver os problemas. Respeita o homem e crê nele. Consegue a cooperação do grupo pela a sua competência, paciência, tolerância e honestidade de propósitos. Não dá ordens: dá o exemplo, estimulando em vez de ralhar. Toda a sua atenção está concentrada para o que o pessoal pense. Sabe obter o máximo de produtividade por meio do máximo de vontade. Todos participam das atividades comuns e têm ideia clara dos objetivos e meios para consegui-los. Há livre intercâmbio de ideais e discussão clara dos membros necessários para atuar.
O gestor democrático permite uma autocrítica comum de todos os membros e aprofunda a consciência da responsabilidade de todos e de cada um nos objetivos comuns. Progressivamente vão aparecendo nos grupos os líderes naturais. O coordenador deve atrai-lo e formá-lo para a liderança.
Mixto, um ciclo vicioso
Há muito se ouve falar da redenção Alvinegra, do levante em prol do crescimento do Mixto Esporte Clube. Há muito fala-se em projetos, em planejamento e reorganização do Mais Querido.
Ocorre que isso tudo não passou de falácias e demagogia barata que serviram apenas para iludir, ludibriar e causar falsa expectativa naquele que verdadeiramente ama o time, o torcedor. Este sim ama de paixão, sofre, chora, decepciona e faria tudo pelo time do coração. Aliás, o torcedor é com certeza o único patrimônio que Tigre tem.
Ouve-se muito dizer que comandar o Mixto é um verdadeiro calvário para a alguns gestores, ou, para a maioria dos que passaram por aí. Todos sem distinção reclamam e querem justificar o fracasso de sues mandatos. Primeiro com o fato de ter ficado sozinho no comando, ora, não precisa ser muito provido de inteligência pra perceber que o “gestor” que fica sozinho só demonstra claramente sua incompetência em aglutinar. Isso por si só já é um sinal de falta de conhecimento administrativo.
Já ouvi muitos dizerem que tomou prejuízo comandando o Mais Querido. Oras, podem até ter tomado, mas foi por pura incompetência. E aí nos vem a seguinte pergunta: como pode alguém ficar à frente de um clube acumulando prejuízos, sem querer renunciar ao cargo? Afinal, se renuncias houve na presidência do Mais Querido, os motivos não foram estes citados.
A verdade é uma só: não tivemos diretorias profissionais no comando. Temos presidentes, e esses amadores demais para comandar um time tão grande. No futebol moderno não há espaço para amadores.
* Adilson Gonçalves é membro do Conselho Deliberativo do Mixto E.C, radialista e apresentador do programa CBN Cuiabá da Rádio CBN AM 590 16/02/2013
Hoje em dia não cresce no futebol quem não quer,basta ver outros grandes times do Brasil e do mundo como funcionam. Não entendo porque os torcedores do Mixto, Conselho Deliberativo e Torcidas Organizadas do mais querido, não exigem a renuncia da atual Diretoria e façam ali uma nova eleição? O Mixto ainda tem o que muitos times de Mato Grosso gostariam de ter que é a grande quantidade de torcedores, o Mixto é um time de massa, se não forem tomadas atitudes firmes logo, este(Mixto) correrá o risco de chegar ao fim do poço. Quem viver verá!.
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