Tostão garante que apelido herdado de craque da Copa de 1970 lhe deu força. Meia jogou no Mixto, Cruzeiro, Santos, Coritiba e Seleção Brasileira
Tostão com a camisa do Mixto |
“Em relação ao Cruzeiro, o apelido me ajudou bastante. Principalmente, porque teve um jogo em que eu fiz dois gols no Atlético. Quem é do Cruzeiro e faz gols no rival, ganha tranquilidade para trabalhar e paz com a torcida”, disse o armador, ao Superesportes.
Tostão com a camisa do Cruzeiro |
Os gols em jogos importantes foram outra marca do camisa 10 durante os tempos de Cruzeiro. Ele cita tentos importantes diante de rivais tradicionais. “Eu cheguei e passei dois meses treinando antes de estrear. Tive as primeiras chances numa excursão no exterior, mas a minha marca foi deixada em jogos importantes. Fiz gols em América, Atlético e São Paulo”, completou.
Apesar de nunca ter encontrado o ‘dono de seu apelido’, Tostão II conta como passou a ser conhecido dessa forma. “O Tostão vem da época em que joguei em Santos. Eu fiz um gol num campeonato amador, e o Tostão (original) havia feito um gol de falta, cerca de uma semana antes, e acharam que o gol era igual ao que eu tinha feito. Mas o nosso futebol não tinha nada a ver. Eu nem era canhoto. Mas posso dizer que em relação ao Cruzeiro, ser chamado de Tostão me ajudou bastante. Graças a Deus, eu peguei o nome dele.”, citou o jogador.
Os anos em que vestiu o uniforme azul foram completados por um título no Cruzeiro. Tostão II foi campeão mineiro em 1984. Ele rememora o imbróglio judicial que culminou com a decisão daquele ano.
“Fomos campeões na Justiça. Havíamos ganhado o primeiro turno e o Atlético venceu o segundo. Na hora do desempate, vencemos o primeiro jogo da final por 4 a 0 e o Atlético, na segunda partida, fez 1 a 0. Eles achavam que isso representava dois resultados iguais (uma vitória para cada lado), mas estava claro que não era, pois tinha o saldo de gols. Ainda bem que vencemos na Justiça”, ponderou.
Apesar de só ter conquistado um título na Toca, o jogador fez vários elogios ao período em que atuou em Minas. “Quero agradecer ao Cruzeiro. Foi o melhor clube que participei. Me deixou no auge do cenário nacional”, disse.
Tempos de Coritiba
Tostão com a camisa do Coritiba |
A passagem por Minas Gerais foi proveitosa, simbolizada pelo título estadual de 1984, mas foi com o uniforme do Coritiba que o atleta ganhou fama. As atuações com a camisa do Coxa colocaram Tostão II no hall de ídolos do clube.
“O Coritiba queria alguém para a Libertadores e eu vim parar aqui em 1986. No início, estranhei a forma de trabalho no Sul. Nos treinamentos, o nível físico daqui era muito mais forte que o do Cruzeiro. Mas em pouco tempo em me adaptei e formamos aquele belo time”, revelou.
No mundo do futebol
A aposentadoria de Tostão II foi com um título. Ele fez parte do grupo do Rio Branco, de Paranaguá, que subiu para a Primeira Divisão do Paranaense em 1999. O armador relembra o fim da carreira. "Eu parei de jogar com 39 anos, achei que era o momento e ainda bem que foi com um acesso. Hoje, trabalho com uma escolinha de futebol do Coritiba. Estou há 12 anos nessa função”, finalizou.
Fonte: Super Esportes
18/07/2012