Ex-vice-presidente do clube diz que associação não pode ser extinta sem prestar contas do que realizou para o clube em três anos
O ex-vice-presidente do Mixto, Paulo Sérgio Brother Serafim de Oliveira, conhecido por Paulinho Brother (foto), cobra do ex-presidente da Afam e atualmente presidente da Agecopa, Eder Moraes, uma prestação de conta da entidade que ‘assumiu’ o Alvinegro no final de 2008, quando saiu do jejum de 11 anos sem títulos e conquistou a vaga na Série C do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil de 2009. Paulinho lembrou que no ano da conquista o então vereador Júlio Pinheiro presidiu o clube sem apoio financeiro de ninguém e levou o time a conquistar o título.
“Naquele ano trabalhamos com a boa vontade da comissão técnica através do professor Arildo Berdun e também da boa vontade do Júlio Pinheiro. Sem dinheiro e apoio de ninguém, levamos o time ao título e vaga garantida na Série C. Hoje nem na Série D o Mixto está. Veio a Afam (Associação dos Amantes de Futebol e Amigos do Mixto) criada por um grupo de pessoas com visão política e onde está o Mixto hoje? Na época, anunciaram milhões de reais de apoio ao clube e três anos depois o Mixto continua endividado, não ganhou nada e ainda foi rebaixado da Série C para D. E agora nem Série D. Cadê a Afam?” indaga Paulinho Brother.
Ainda de acordo com o ex-vice-presidente Paulinho Brother, o Eder Moraes, na época secretário de Fazenda do Estado, agiu de forma errada e acabou prejudicando todo um trabalho que vinha sendo desenvolvido pela comissão técnica comandada por Arildo Berdun. “Eder Moraes errou em não trabalhar com transparência, pois durante todo esse tempo não apresentou nenhum acerto de contas, de quanto ganhou e de quanto pagou. O nome do Mixto foi associado a um grupo forte de patrocinadores como Coca-Cola, Grupo Amaggi e BMG, entre outros, e ninguém sabe onde foram parar esses patrocínios”, frisou.
Ainda de acordo com Paulinho Brother, a Afam não pode ser extinta da noite para o dia, como anunciou Eder Moraes na semana passada. É preciso fazer um acerto de contas diante de todos os mixtenses e promover um estudo da possibilidade de manter a entidade em atividade na busca de novos patrocinadores, só que desta vez com transparência, com pessoas contratadas para administrar o clube sem nenhum vínculo político e de interesse de uma minoria. “Temos que reconhecer que a Afam trouxe patrocinadores de peso para o Mixto, só que quem tratou dos recursos acabou investindo tudo errado. É preciso trabalhar com planejamento e o Mixto possui um nome respeitado em todo o Brasil”, finalizou Brother.
Fonte: Admar Portugal/Diário de Cuiabá
05/07/2011