09 junho 2011

Opinião: Mixto, política e políticos

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No ano de 2009, o Mixto EC disputaria o Campeonato Brasileiro da Série C. Naquela época o Presidente do Tigre era o Vereador Júlio Pinheiro que estava desgastado, sem apóio de ninguém, abandonado pelos abnegados mixtenses, não lhe restando outra saída, a não ser renunciar a Presidência do Mais Querido.

Esse fato ocorreu a exatamente um ano antes das eleições para Presidente, Governador, Senador, Deputado Federal e Deputados Estaduais.

Antes de adentrarmos no cerne da questão, faz-se, necessário que, entendamos o significado do termo ABNEGADO, de acordo com o dicionário português é: “SACRIFICADO, DESINTERESSADO, DEVOTADO”.

Pois bem,

Com a renúncia do Vereador Júlio Pinheiro, os abnegados do Mixto, criaram a AFAM (Amantes do Futebol e Amigos do Mixto) para atrair investimentos visando montagem de uma equipe com condição de levar o Mais Querido a Série B do Campeonato Brasileiro. Assim, uma Comissão de Notáveis em nível estadual se reuniu para poder ajudar o Tigre a alcançar o seu principal objetivo naquele ano.

A AFAM foi formada por personagens ilustres da política estadual, do meio empresarial e do ramo de comunicação, vejamos: Presidente: Éder Moraes (à época Secretário Estadual de Fazenda, hoje Presidente da AGECOPA) Vice-presidente: José Riva (Presidente da Assembléia Legislativa) Tesoureiro: Blairo Maggi (à época Governador do Estado), ainda atuam como membros efetivos: João Dorileo Leal (Superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação), Anildo Lima Barros (Ex-Prefeito de Cuiabá e Empresário da Construção Civil), Silval Barbosa (à época Vice-Governador), Eder Pinheiro e o presidente da equipe à época, Sr. Márcio Pardal.

Em que pese, os esforços empreendidos pelos ilustres e respeitaveis cidadãos, infelizmente, os objetivos no tocante a ascensão do Mixto EC não foram alcançados, pelo contrário o Mais Querido foi rebaixado a série D e, atualmente, está fora das competições a níve Nacional. Em contrapartida, os politicos membros da AFAM conseguiram, legitimamente, êxito nas eleições de 2010, a saber: o Dep. José Riva se reelegeu para mais um mandato de Deputado Estadual; o Ex-Governador Blairo Maggi se elegeu Senador da República; o Ex-Vice-Governador, Silval Barbosa assumiu o Governo com a renúncia do Governador Maggi e reelegeu-se Governador do Estado.

Doutra banda, lamentavelmente, o Mixto EC, hoje, é o retrato do abandono. O Mais Querido está literalmente jogado as traças. Prova disso são as noticias da impresa local.

Mas, nem tudo está perdido. Há uma luz no fim do túnel. No próximo ano teremos eleições para Prefeito e Vereadores e, já começam as tratativas politicas visando o pleito de 2012. Assim, os abnegados mixtenses, como sempre, sem nenhum interesse pessoal, certamente, sacrificarão, mais uma vez em beneficio do Mais Querido.

Infelizmente essa é a situação do Mixto EC. Nos últimos anos o Mais Querido vive como os cabos eleitorais profissionais a espera das próximas eleições para sobreviver. Nada contra a politica e os politicos, mas é preciso implantar no Tigre uma gestão profissional, rompendo o cordão umbilical com a politica e os politicos. Estes devem ser colaboradores e não mantenedores do Mixto. Caso contrário, o Mais Querido continuará tendo sobrevida a cada dois anos, por ocasião das eleições.

O Mais Querido não merece isso. A torcida do Mixto EC é a maior de Mato Grosso, representa quase 50% dos torcedores dos times locais, as demais torcidas divide-se aos outros clubes.

Volto a afirmar. Nada contra a politica e os politicos, pelo contrário, mas, espero que, caso os abnegados mixtenses da politica, criem uma nova associação ou reativem a AFAM que seja um projeto consistente, duradouro que rompa as barreiras das próximas eleições.

* Agnaldo da Silva Campos é torcedor do Mixto

Fonte: Craques do Rádio
09/06/2011
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Publicado por: Fábio Ramirez

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