A sensacional vitória alvinegra, de virada (3 a 2) sobre o Operário, no encerramento da Fase de Classificação da 18ª Copa Gazeta de Futebol Master incendiou os bastidores da maior competição do gênero no País. Com o resultado o alvinegro joga por um simples empate para conquistar o seu sétimo título e levantar o Troféu Eugênio de Carvalho.
Para dar o troco e ser campeão, o Chicote que acumula oito conquistas depende exclusivamente de uma vitória de qualquer placar; assim, os dois times tentam as vésperas da grande final, revigorar suas equipes, contratando reforços de peso, e trabalhando nos bastidores em busca de alternativas. E nesse segundo quesito o Mixto já sai derrotado.
Na tarde de ontem o coordenador do Operário, Osvaldo Cabral, negou o pedido feito pelo Mixto, que visava uma "anistia" para o meia Paulinho Kobayashi (Mixto) e o volante Jonas (Operário) - expulsos domingo, após trocarem agressões. Assim, ambos cumprirão suspensão automática na grande final. Pior para Kobayashi, que sequer estará em Cuiabá. Já o cuiabano Jonas, assistirá ao clássico das arquibancadas.
"Vamos seguir o regulamento, não acatamos o pedido por um simples motivo: para manter a credibilidade da competição que ao longo desses 18 anos sempre primou pela organização. Além disso fizemos um investimento alto e não podemos jogar contra o próprio patrimônio, rivalidade é rivalidade, e vamos pro jogo," disparou Osvaldo Cabral, jogando uma pá de cal sobre as esperanças alvinegras.
Rosenil Luiz, coordenador do Mixto, tinha como certa a anistia, tanto que tentou antecipar a decisão do rival. "Já fizemos um acordo de cavalheiros", disse Luiz, antes de saber do posicionamento de Cabral.
Agora, o técnico Zé Carioca vai ter que buscar em seu quadro, um substituto a altura para Paulinho. Talentos sobram no banco alvinegro, o problema é a idade. Na faixa dos atletas com até 38 anos figuram Franz, Bananinha, que é ofensivo, Serginho, mais marcador e Batista, que é zagueiro. Acima dos 40 estão Vitor, Elias (contundido), André, Setenta e Rodney.
A última cartada alvinegra é tentar junto a coordenação da Copa, a cargo de Carlinhos Bergamasco, presidente da Master Liga, que representa os clubes, a liberação de uma última contratação: "Nos ofereceram o Cafú", disse Rosenil Luiz.
O problema é que o Mixto já "queimou" todas as fichas de inscrição, e, agora, para trazer o lateral do pentacampeonato mundial pela Seleção Brasileira, depende diretamente do aval do arquirival Operário, que já negou a absolvição de Kobayashi e Jonas.
Cortando na própria carne, o Chicote quer provar em campo que tem time sim para ser campeão. Será?
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| O clima esquentou na partida de domingo passado, na foto jogadores de Mixto e Operário trocam socos. Foto: Otmar Oliveira/A Gazeta |
31/05/2011
