Procura-se um presidente para administrar um clube profissional de futebol com perspectiva de uma renda mensal de R$ 100 mil, cuja torcida é a maior e mais fanática do Estado e sua representatividade significa o melhor aproveitamento entre os 100 clubes que disputaram o Campeonato Brasileiro de 2010. Não é só isso; o clube que tenta eleger sua nova diretoria nesta segunda-feira, precisa ser o Campeão Mato-grossense em 2011, disputar a Série D, subir para a Série C e no mínimo estar entre os 20 da Série Bem 2014. Quem se habilita?
Após a assembléia geral da última quarta-feira (8), quando apenas o novo Conselho Deliberativo foi eleito, a eleição foi transferida para a noite de hoje, às 19 horas, no auditório do ginásio Aecim Tocantins. Apenas os conselheiros tem direito a voto e Hélio machado, novo presidente do Conselho, surge como o principal nome. Mas, machado só assume com uma condição: que alguns dirigentes sejam seus parceiros na nova diretoria; entre eles Orlando Craici (ex-presidente).
Campeão mato-grossense em 1996, Craici, já declarou que estaria disposto a a contribuir com Machado, com quem trabalhou várias vezes, mas nega assumir a função de mandatário. Os demais nomes cogitados, como Guilherme Maluf, Reginaldo Amorim e do próprio presidente Márcio Pardal, já foram descartados. Pardal está irredutível em deixar o cargo e os outros dois nomes enfrentam forte resistência, inclusive nas arquibancadas. Amorim, inclusive é funcionário de Maluf.
Receita - Na reunião da semana passada, Vivaldo Lopes relacionou os recursos investidos no Mixto e citou que foram gastos R$ 5 milhões em dois anos, pela Afam. Reafirmando que a entidade presidida por Éder Moraes manterá seu apoio ao clube, Vivaldo no entanto informou que o repasse, antes em torno de R$ 250 mil/mês, agora será de apenas R$ 100 mil. A diferença entre a futura e a atual gestão é que a Afam apenas vai captar os recursos, mas o comando do clube será do presidente eleito, sem ingerências.
Hélio Machado afirmou que o Mixto necessita de pessoas sérias e compromissadas e que saibam aplicar o dinheiro do clube e tenham controle dos gastos. "O novo dirigente tem que saber vender a marca. Não adianta investimentos altos se não houver gestores que façam o dinheiro render". Para ele, é preciso mudar o sistema de fazer futebol, valorizando os pratas da casa, dando autonomia para a nova diretoria.
Fonte: Oliveira Júnior/A Gazeta
13/12/2010