15 dezembro 2010

Barbieri desabafa, reclama do atraso nos salários e diz que diretoria não o atende

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A missão é mais difícil do que parece. O novo presidente do Mixto, a ser eleito na próxima segunda-feira (20) ou até mesmo o atual, Márcio Pardal, que pode ter seu mandato prorrogado ou ser reeleito, vai assumir um clube que gastou R$ 5 milhões em dois anos, mas que tem cerca de R$ 200 mil em contas a pagar.

"O Mixto deve ações trabalhistas e isso vira uma bola de neve. Qualquer um que treinou no clube se achou no direito de entrar na Justiça e mover uma ação, assim fica difícil", lamentou Hélio Machado, presidente do Conselho Deliberativo do clube. Exatamente por causa dessas contas inexplicáveis e da falta de transparência, sem falar na lei que pode arrestar os bens pessoais do presidente para quitar dívidas, que Machado não quer assumir o cargo maior. Nem ele, e nenhum dos conselheiros presentes nas duas últimas reuniões. José Luis Paes de Barros, ex-presidente do Conselho Deliberativo, afirmou, antes do primeiro encontro, que 80 conselheiros tinham direito a voto. Na primeira reunião, nem a metade desse número compareceu ao auditório da Agecopa. Na última segunda-feira, deu para contar nos dedos os verdadeiros conselheiros presentes, já que a maioria era de torcedores e curiosos.

Atrasos - Apesar da Afam ter afirmado recentemente que havia quitado as contas do clube, ainda não foram pagos dois meses de salários a atletas e ao técnico Barbieri. De Campinas, o treinador que foi liberado, confirmou que ainda não recebeu.

"É só promessa, nunca mais me atenderam, o Éder Moraes não atende o telefone. É triste essas pessoas fazerem isso. Eles são ricos, milionários, não precisam, me devem 3 meses, mais 15 dias, 13º, férias, não é muito", disse o treinador.

Barbieri ficou surpreendido com o fato de a Afam ter anunciado R$ 5 milhões em investimentos. "Desde que eu cheguei ao clube em março, os problemas vinham aumentando, começaram os atrasos de salários. No meu time tinha jogador ganhando R$ 1.500; a comissão técnica toda custava R$ 30 mil. O time para a Série D era um time barato, com a média salarial de de R$ 1.500 a R$ 2 mil", disse Barbieri.

Por fim Barbieri disse a situação é critica. "Os jogadores me ligam todo dia, estão sem dinheiro para passar o Natal e o Ano Novo, é um desrespeito com o ser humano, a gente tem família. E os profissionais ?? mas o mundo da muita volta", concluiu. Éder Moraes não atendeu o telefone.

Fonte: Oliveira Júnior/A Gazeta - Foto: João Vieira
15/12/2010
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Publicado por: Fábio Ramirez

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