Por Jorge Maciel
Neste domingo (28), fui dormir mais tranqüilo. Apesar de não ter predileção pelo Mixto (sou torcedor, claro, mas não convém aqui revelar de qual time), a vitória alvinegra sobre o REC e com a luz do fim do rebaixamento bem acesa fica estabelecido o ‘Pingo no I”.
Neste domingo (28), fui dormir mais tranqüilo. Apesar de não ter predileção pelo Mixto (sou torcedor, claro, mas não convém aqui revelar de qual time), a vitória alvinegra sobre o REC e com a luz do fim do rebaixamento bem acesa fica estabelecido o ‘Pingo no I”.
Que me perdoem os torcedores deste Mato Grosso, com clubes organizados, bons atletas e dirigentes, mas futebol em Mato Grosso sem o Mixto nos dá aquela incômoda sensação de que “está faltando um pedaço”. A vibração do nosso futebol tem a ver com o Mixto, Operário, União e Vila Aurora – e vêm aí ainda Luverdense, Araguaia e Sorriso e outros. E sem o Mixto o brilho fica bastante reduzido. É suco sem açucar, peixada sem tempero, praia sem sol ....
O Mixto, indiscutivelmente, tem fatores inexoráveis em relação ao nosso futebol. É o maior detentor de títulos (24, se não me falha a memória), tem a maior torcida (e mais fiel) do Estado, foi o clube que mais investiu e deu ânimo às outras equipes em relação à melhora de suas estruturas, e é um clube que provoca paixões quase platônicas.
A destrambelhada gestão da federação de futebol (a FMF), associada ao deslize “imperdoável” do governo do Estado, forçando jogos a 200, 300 quilômetros da Capital prejudicaram as equipes da Capital, e aí se inclui o próprio Mixto, o Operário, Cuiabá e Palmeiras. A má campanha tem sim muito a ver com a falta de condições da torcida apoiar o time. Só para falar do Mixto, os jogadores se sentiram órfãos, perderam aquela química e o prazer de jogar em casa.
Terminada essa via crucis, o Mixto deve se manter na elite e parte, agora, para o Brasileiro da Série D, cujo projeto é subir, subir... Mas a diretoria, calejada, quiçá, precisa reexaminar posições, planejar melhor suas ações, deixar de ouvir “mercadores do futebol” e montar uma equipe competitiva de verdade.
Um grupo empregnado com o clima de raça, garra, vontade de vencer. Ainda não é hora de comemorar, mas há uma gostosa bruma a passar, trazendo o sentimento de que o Mixto encontrou o seu caminho.
E nada mais justo que isso!
30/04/2010
fonte: Jorge Maciel/Futebol Press