A acusação de mala branca oferecida pela diretoria do Cuiabá Esporte Clube ao Cáceres para vencer o Mixto no último domingo foi confirmada ontem, três dias depois do empate sem gols entre as equipes, por um jogador do elenco do time cacerense. A igualdade de zero a zero, no Geraldão, acabou complicando a situação do Alvinegro da Vargas na Chave na disputa por uma das duas vagas à fase semifinal da Copa Mato Grosso.
Pelo resultado, que deixou o "Dourado" na vice-liderança do grupo com 11 pontos ganhos, cada jogador do Cáceres recebeu uma quantia de R$ 150,00. A ajuda extra foi confirmada pelo meia Tuca, campeão estadual pelo Cacerense em 2007. De acordo com ele, desde sexta-feira, dois antes do jogo, já havia forte boato do oferecimento de ajuda caso o time vencesse ou empatasse com o Mixto, que briga por uma das vagas à semifinal.
O jogador ressalta que antes do jogo novamente foi reforçado a mala branca. Desta vez quem foi responsável em repassar o aviso foi o preparador físico e auxiliar-técnico Gilmar Ferreira. "O Gilmarzinho chegou falando que havia um diretor do Cuiabá no estádio prometendo prêmio caso não perdéssemos para o Mixto. Tanto é que depois do jogo o dinheiro apareceu, com cada jogador recebendo R$ 150", afirmou.
Segundo ele, quem pegou a verba foi Gilmar Ferreira que, por sua vez, repassou para o zagueiro e capitão do time Jessé, este responsável pelo pagamento ao elenco de jogadores.
Já o preparador físico Gilmar Ferreira afirmou ter ouvido entre os atletas a suposta ajuda vinda do Cuiabá. De acordo com ele, o boato é forte na cidade, mas que jamais viu a cor do dinheiro. "Agora o pessoal vem para cima de mim cobrando esse dinheiro, que nem sei se existiu mesmo", disse.
Procurado pela reportagem da A Gazeta, o presidente do Cuiabá, o empresário Aron Dresch, negou a ajuda extra ao Cáceres. Ele classificou a afirmativa do meia Tuca como de "inverdades". "Nunca interferimos em resultado de alguma partida. Essa prática de oferecer mala branca não é exercida pelo clube", frisou o dirigente.
Ele ressaltou que o Cuiabá jamais faria isso pelo fato do time depender de si mesmo para obter a classificação à fase semifinal. "Eu como presidente do Cuiabá não tenho dinheiro para rasgar", complementou.
fonte: Luiz Esmael
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