O velho estádio do Porto, inaugurado em 1952, virou a única opção para os clubes da Baixada se apresentarem nos próximos cinco anos. Arrendado pela empresa Real Sport, o imóvel de propriedade da Federação Mato-grossense de Futebol, chegou a ser tombado como patrimônio histórico de Cuiabá. Para ser reformado, precisava que esse tombamento fosse revertido, e foi. Mas, inexplicavelmente, o projeto encomendado pelo senhor secretário estadual de esportes Baiano Filho, ao arquiteto Ademar Popi, não saiu do papel.
Se o poder público investiu R$ 14 milhões no projeto do novo estádio para a Copa, deveria ter inserido nele, ao menos 10% desse montante para adaptar o velho Dutra. Esqueceram do "pequeno" detalhe. O Orçamento do Estado para 2010, será votado no final deste ano, e será preciso que os valores necessários para a rápida obra sejam incluídos. Rápida, porque no Dutra falta pouco para essa praça de esportes se tornar um "brinco". A começar pela cobertura das arquibancadas principais (que podem ser metálicas) - e empresas com excelência nesse setor há de sobra no Estado - uma reforma que inclua a refrigeração dos vestiários e cabines de imprensa, reforço na iluminação e alambrados e a instalação de cadeiras em alguns setores. Do lado oposto, seria perfeitamente possível manter os jogos, enquanto um novo lance fosse erguido. O gramado só precisa de cuidados, e, como não há outra opção, não dá para fazer uma troca com um calendário que não pára. Na África da Copa o comitê local corre contra o relógio, na daqui, os clubes matam um leão por dia.
fonte: Oliveira Júnior /A Gazeta