Nem tudo são flores na campanha do Mixto neste Campeonato Brasileiro da Série C. Apesar da vitória de 2 a 0 sobre o Ituiutaba-MG, domingo, em Cáceres, que tirou o alvinegro da lanterna do Grupo C, o presidente do clube, empresário Márcio Pardal, ameaçou deixar o cargo. O motivo foi o cumprimento de ações judiciais ajuizadas pelo jogador Carlos Alberto e Djair Soares, que culminaram com arresto da renda da partida - cerca de R$ 15 mil. O problema é que a renda divulgada pela FMF, inclui os ingressos não vendidos pelo clube e o valor do borderô saltou para R$ 36 mil. Revoltado e para não ser preso pela polícia, Márcio Pardal, que nada tem a ver com a dívida, teve ainda que desembolsar mais R$ 6 mil e entregar ao oficial de Justiça, presente ao estádio.
As ações revoltaram os dirigentes do alvinegro. Pardal criticou a federação Mato-grossense de Futebol (FMF) e chegou a ameaçar entregar o cargo. "Telefonei na hora para o Éder Moraes e disse para eles procurarem outro presidente. Eu não vou ficar passando vergonha de uma coisa que não fiz", disse, referindo-se a administração anterior, de Júlio Pinheiro.
Mais estranha ainda foi a ação movida pelo ex-funcionário público Djair Soares, ligado ao deputado estadual Guilherme Maluf. Juntos, Soares e Maluf fundaram um clube empresa, o Mato Grosso. Maluf, inclusive, vinha atuando junto ao grupo de apoio ao Mixto.
"Djair Soares prestou serviços à Júlio Pinheiro, após a conquista do Campeonato Estadual do ano passado, como "gestor" do clube, mas, sequer completou seis meses de trabalho", disse uma fonte ligada à gestão de Pinheiro, que preferiu não se identificar.
No final da tarde de ontem, Pardal se reuniu com os integrantes da Associação dos Amantes do Futebol Mato-grossense e Amigos do Mixto (Afam) e a situação foi contornada.
fonte: A Gazeta