Jê Fernandes
Especial para o Diário de Cuiabá
A Copa é nossa, mas o lixo continua esparramado por ai. A poesia já não tem mais rima; a fome motiva a violência e a culpa é da falta de educação que não deixa ter uma boa saúde. Tudo isso dá samba e vira carnaval. Tem gente que samba a vida inteira com barriga vazia, cantando samba de ouvido, exposta ao sol e chuva, mas Lula está prometendo, de pac em pac, casa para todos os desabrigados do Brasil. E tudo termina com aquela velha e usada citação: “a esperança é a última que morre”.
A bola rola. A Copa é nossa, mas quem está ainda numa dividida é o vereador Domingos Sávio, amigo de noitadas do vereador Ralf. Mas, minha querida mamãezinha já dizia: “meu filho, a corda rebenta do lado mais fraco”. E em assim sendo, “a gorda” que apresentou queixa contra o vereador Domingos vai estourar de raiva ao saber que tudo foi em vão. E não no vão. “A gorda” foi como Deucimar, presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, chamou a denunciante. Por ai já se vê e sente-se em que pé anda a ética na Câmara Municipal de Cuiabá. Ou não anda.
E quem está com a bola toda não é “a gorda” do Domingos Sávio, mas o governador Blairo Maggi, embora nunca tivesse intimidade com a bola dentro de campo. Sempre foi torcedor. Agora, o governador sabe que o pior está por vir com essa história de Copa para Cuiabá. Ele, Blairo, terá que cuidar de tudo que se relacione à Copa para não ter o seu nome enxovalhado e, para isso vai precisar de poder. Principalmente, tendo gente de sua confiança no Governo. Entendeu?
Blairo é a bola da vez, assim como Mixto é, no momento, o time dos políticos. Ninguém fala em ajudar o Dom Bosco, o Palmeirinhas, reativar o XV de Novembro, o Campinas, o histórico Americano e, que tal, o Paulistano. Ah! Se Joaquim Vermelho estivesse vivo ele daria um “grito de guerra” na arquibancada do Dutrinha contra os tais “amigos do Mixto de agora”.
Eu não poderia deixar de falar sobre a Copa, em Cuiabá, muito menos esquecer de um homem chamado Agripino Bonilha Filho, afilhado de casamento do João Havelange, que muito fez pelo futebol de Cuiabá. Mas, a bola agora está com o governador Blairo Maggi, Espero que saiba fazer o meio de campo e distribuir a bola para quem sabe usá-la com respeito e marcar o gol do sucesso com jogo limpo.
Mas, bola daqui, bola dali chega-se à conclusão que neste Brasil é através da “bola” que se consegue alguma coisa. Ou tendo o juiz ao seu lado na hora da decisão.
Jê Fernandes é jornalista, radialista, poeta, contador de histórias, conversador fiado e colabora com o DC Ilustrado (E-mail: gntf@terra.com.br)
fonte: Diario de Cuiabá
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