O secretário Estadual de Esportes e Lazer (Seel), Baiano Filho, quer se reunir com os dirigentes dos 16 clubes que disputaram o Campeonato Mato-grossense deste ano. Em ofício protocolado e enviado ao presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Carlos Orione, na tarde de segunda-feira, ele pretende esclarecer o impasse na liberação da ajuda financeira do governo do Estado, no valor de R$ 800 mil, aos times que estiveram disputando o torneio estadual.
De início, o encontro está marcado para o próximo dia 2 de julho nas dependências da Seel, instalada no ginásio Aecim Tocantins.
Desde janeiro deste ano, quando iniciou o Mato-grossense, as equipes aguardam o dinheiro para quitar débitos com credores, que vão desde transporte até hospedagem. Mas a revolta maior dos dirigentes se dá pelo fato do campeonato ter encerrado no último dia 3 de maio e até ontem à tarde não tinha uma posição de quando a verba será liberada.
Por sua vez, Baiano Filho se posiciona de forma irredutível condicionando a liberação dos R$ 800 mil a prestação de contas referentes a Copa Mato Grosso e do Campeonato Estadual Amador de Seleções Municipais, ambos torneios disputados ano passado.
Uma fonte ligada aos clubes, que pediu sigilo de sua identidade, afirmou que a maioria dos times já prestou contas junto a FMF. Mas o União, de Rondonópolis e o Tangará estariam com documentação atrasada, o que estaria impedindo Baiano Filho em realizar o repasse no valor de R$ 50 mil a cada um dos clubes.
A convocação da Seel aos times seria também uma forma de "acalmar" os ânimos dos dirigentes dispostos até romper com o governo do Estado, que desde 2006 ajuda os clubes com o projeto de lei amparando este repasse ao futebol profissional de Mato Grosso. No entanto, o atraso para receber a verba é o que mais revolta os dirigentes.
"Todo ano é esta história para recebermos a verba. Termina o campeonato e nada do dinheiro. Ao realizarmos compromissos com nossos credores é por que confiamos que iremos receber o dinheiro o mais breve possível. Mas a demora acaba nos deixando em situação constrangedora", disse um dirigente que não quis ter seu nome revelado.
fonte: Gazeta Digital