Estádio Municipal Presidente Eurico Gaspar Dutra
- Nome: Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra
- Apelio: Dutrinha
- Fundação: 1952
- Capacidade: 7.000 lugares
- Cidade: Cuiabá/MT
A História do Dutrinha
O Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra foi o segundo estádio de Cuiabá, o primeiro foi o "Estádio do Comércio", hoje nos fundos do Colégio Liceu Cuiabano. O "Estádio do Comércio" foi criado pelo desportista Manoel Soares de Campos (pai do ex-governador e ex-prefeito de Cuiabá Frederico Campos), que inaugurou a praça esportiva no dia 7 de setembro de 1936, na Praça General Mallet.
O Dutrinha foi construído só em 1952, com a construção das instalações do Colégio Liceu Cuiabano, em 1944, inviabilizou as disputas dos campeonatos ali realizados, pelas dificuldades que os desportistas encontravam em utilizar o Estádio do Comércio, que passava a fazer parte do Colégio Liceu, recebendo o apelido de ‘Estádio do Colégio Estadual". O impasse criado despertou nos desportistas o interesse da necessidade da construção de um novo estádio, que seria o Estádio Presidente Dutra.
O Dutrinha foi o principal palco do futebol matogrossense até a inauguração do Verdão, em 1976. O Estádio Dutrinha é sem dúvida o local de maior identificação do Mixto Esporte Clube, que ali viveu grandes momentos de sua história. A característica mais marcante do "velho" Dutrinha é a proximidade da torcida com os jogadores em campo.
A doação do terreno onde se construiria o Dutrinha, situado à Rua Joaquim Murtinho - Praça Benjamin Constant, com uma área de 25.650m2, foi feita pela Prefeitura Municipal de Cuiabá, através do Prefeito Leonel Hugneney, à Federação Matogrossense de Desportos - FMD (antigo nome da Federação Matogrossense de Futebol - FMF), ao Dr. José Monteiro de Figueiredo, presidente da entidade, no dia 02 de fevereiro de 1950.
Para o jornalista Daubian (Jornal Estado de Mato Grosso 31/01/1952), "a iniciativa da construção do Estádio Presidente Dutra, deve-se aos abnegados desportistas Álvaro Miguéis, então presidente da FMD e Lenine de Campos Póvoas, que iniciaram a construção do muro do futuro "maracanã cuiabano", denominação dada na época, face à recente construção do Estádio do Maracanã no Rio de Janeiro para a realização Copa do Mundo de 1950."
Destaca ainda o jornalista que: "com a sucessão na FMD do presidente álvaro Miguéis, pelo Dr. José Monteiro de Figueiredo, este consegue por intermédio do deputado federal de Mato Grosso, Dr. João Ponce de Arruda, junto ao General Eurico Gaspar Dutra, então Presidente da República na época, um recurso de Um Milhão de Cruzeiros para a conclusão das obras do referido estádio." Afirma ainda que "em substituição ao Dr. José Monteiro de Figueiredo, na presidência da entidade, assume o Prof. Lenine de Campos Povoas, dando continuidade ao trabalho desenvolvido pelo seu antecessor, finalizando, portanto, as obras de construção do considerado na época o maior estádio de futebol do oeste brasileiro".
Com relação a sua inauguração, existem relatos que o Presidente Dutra esteve em Cuiabá em 1952, para a inauguração do Estádio e constatando que o imóvel não fora construído conforme previsto no projeto, um Mini-Maracanã, recusou-se a inaugurá-lo, retornando imediatamente para o Rio de Janeiro, a capital brasileira.
O Estádio Presidente Dutra foi declarado "Tombado como Patrimônio Histórico de Cuiabá-MT", pela Lei Municipal 2.761 de 25/05/1990, de autoria do vereador Emanuel Pinheiro, como forma de preservá-lo.
pintura antiga do Dutrinha |
Reforma do Estádio Presidente Eurico Gaspar Dutra
Durante muito tempo o "velho" Dutrinha não recebeu nenhuma grande reforma, só pequenos ajustes e pintura (tradicionalmente na cor branca). O estádio que tinha até cobertura metálica das arquibancadas, destruído por um ventaval, com o passar do tempo teve sua estrutura deteriorada, a hidráulica e a elétrica do estádio já eram ultrapassadas, além de não cumprir as modernas metas de segurança e assessibilidade. Em 1990 o Dutrinha recebeu uma reforma geral, através de uma parceria entre a FMF e governo do estado em 1990, na gestão do Governador Jaime Campos. Em abril de 2005, o Dutrinha foi interditado pelo Ministério Público Estadual, por não atender as exigências mínimas preconizadas nas normas de segurança. E então ganhou uma nova reforma, após o um convênio de arrendamento por 10 anos entre a FMF e a empresa Real Sport (ligada ao presidente do Mixto, Márcio Pardal).Com uma nova interdição em 2009, o Dutra acaba de ser reformado pela Agecopa (agência fomentadora da Copa do Mundo em Cuiabá 2014), ganhando novas instalações hidráulicas e elétricas. Uma segunda etapa da reforma deve ter início ainda em 2010, quando o estádio finalmente receberá uma reforma estrutural, ganhando uma arquibancada no estilo "tubogâ", com capacidade para 10 mil pessoas, nos moldes do "tubogã" erguido no estádio paulista Pacaembú.
Vista lateral das arquibancadas |
Vista do campo, pela arquibancada principal |
torcida do Mixto nas arquibancadas do Dutrinha, início dos anos 90 |
torcida do Mixto nas arquibancadas do Dutrinha em 2007 |
vista panorâmica da arquibancada principal em dia de jogo do Mixto |
fonte: Arquivos FMF - Apito Final - Futebol MT - Memórias de Mato Grosso - A Gazeta - Diário de Cuiabá - Folha do Estado - Jornal Estado de Mato Grosso - João Moreira Barros - Lenine de Campos Póvoas - Manoel Cunha Filho - Manoel Soares Campos - Benedito Pedro Dorilêo - Portal Gov. de MT - Oliveira Júnior - Redação Mixto Net
fotos: Apito Final - Portal Gov. de MT - Internet