No velório, na Capela Jardins em Cuiabá, foram prestadas as últimas homenagens de familiares, amigos e torcedores. A bandeira do Mixto com os dizeres "Torcida Coração Alvi-negro" cobria o caixão e ao fundo o som de violino tocava o hino do Mixto, cantado emocionalmente por torcedores. Niltinho Assunção falou em nome da diretoria do clube e Fábio Ramirez em nome dos torcedores alvinegros.
"Perdemos nossa professora de arquibancada, como bem lembrou o presidente Dezinho (da Boca Suja). Uma mulher que influenciou várias gerações e continua a influenciar. Trago a saudação e toda a solidariedade à família em nome da torcida mixtense. Nhá Barbina foi uma revolucionária, que enfrentou o preconceito contra a mulher no futebol e ousou comandar a torcida de uma cidade inteira. Pessoas como a Nhá Barbina se eternizam na memória e nas ações da torcida, sempre será eterna para nós. Faça chuva ou faça sol, Nhá Barbina sempre empunhava a bandeira do Mixto e estava disposta a enfrentar qualquer briga em defesa do Alvinegro. Continuaremos seus ensinamentos", declarou Ramirez.
No enterro, no Cemitério do Porto, o caixão foi lacrado sob fortes aplausos e aos gritos de "viva o Mixto, viva Nhá Barbina". Pouco antes, alguns torcedores sugeriram enterrar o caixão com a bandeira do clube, quando Georgina Defensora da Silva, filha de Nhá Barbina, interviu: "minha mãe tinha um pedido de que quando ela morresse não enterrasse junto a bandeira do Mixto, ela dizia que a bandeira do Mixto nunca pode ser enterrada".
Fonte: Mixtonet
27/09/2015